Para lembrar a sociedade que todos os dias devem ser de combate à toda e qualquer forma de violência contra a pessoa idosa, representantes da terceira idade e equipes que atuam nos serviços da Rede Socioterritorial do Centro da capital foram às ruas. Com faixas, cartazes, apitos e muita disposição, o grupo chamou atenção da sociedade em prol do combate, prevenção, identificação e, principalmente, para forma correta para denunciar casos de violência contra a pessoa idosa. A ação correu na última quarta-feira (18).
O grupo caminhou do Centro de Convivência do Centro, localizado na Cidade Alta, até a Praça durante o percurso, a secretária de Assistência Social, Soraya Manato, reforçou o compromisso com a defesa dos direitos sociais da população idosa.
"Os nossos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos já desempenham um papel fundamental na garantia dos direitos e um trabalho de excelência no fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, o que é um caminho de proteção e combate às violências contra a pessoa idosa. Assumimos em outros serviços esta luta cotidianamente, seja pessoas idosas atendidas nos Cras e Creas. Mas a sociedade tem que estar junto, atenta, vigilante e atuante nesta luta", disse a secretária.
A ação faz parte da programação alusiva ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado no dia 15 de junho. A data foi instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa.
Para a idosa Eraildes Lira da Rocha, de 72 anos, esta ação é muito importante devido aos registros e relatos de muitos casos de violência contra a pessoa idosa. Na opinião da idosa Marilda de Souza Malta, também de 72 anos, o momento é bom para que as pessoas se atentem que é preciso respeitar os que têm mais idade. "A pessoa idosa também tem seus direitos e vontades que devem ser respeitados", ressaltou ela.
Frequentadora do SCFV do Centro, Marilda disse que participar de atividades no equipamento foi o caminho que encontrou para se fortalecer, conquistando novas amizades. "Lá, no Centro de Convivência, as pessoas nos tratam muito bem. Adoro frequentar", comentou ela.
Marilda disse que chegou a se inscrever por três vezes, mas na hora desistia. "Até que um dia decidi ir. E não parei mais. Lá é um espaço muito bom, com oficinas, rodas de conversa e outras atividades em que me sinto valorizada e respeitada. E esta caminhada é para mostrar isso: que os idosos merecem respeito", frisou Marilda.
E um dos pontos altos da ação foi o encontro intergeracional, onde o grupo de idosos(as) participou, dançando, da roda de maculelê feita por crianças e adolescentes do Centro de Convivência do Quadro. Após a apresentação, o adolescente Guilherme Souza Santos, 14, disse que se sentia muito bem em se apresentar para aquele público. "Faz bem para a gente também. A gente sente que eles se sentem incluídos e a gente se mistura", falou o adolescente.