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Crescem pedidos para a construção de calçadas cidadãs na Capital
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Por Danielly Campos, com edição de Deyvison Longui
No primeiro semestre deste ano, a Secretaria de Desenvolvimento da Cidade (Sedec) recebeu 124 comunicados de moradores para a realização de obras para a calçada cidadã.
No segundo semestre do ano passado, quando o levantamento foi iniciado, 80 pessoas decidiram, por conta, própria fazer a calçada na cidade. O crescimento dos pedidos teve como base as campanhas educativas municipais para despertar a consciência de que manter a calçada acessível é um exemplo de cidadania.
Segundo o levantamento, ainda, no primeiro semestre deste ano os fiscais da Sedec notificaram cerca de 400 proprietários de imóveis em Vitória para que reformem a calçada nos moldes exigidos pela legislação municipal, visando garantir a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida (idosos, grávidas e portadores de necessidades especiais).
O aumento em notificações foi de 86% em relação ao ano passado. Para se ter uma idéia, em 2008, foram intimados a reformar as calçadas cerca de 215 pessoas.
Como esse espaço é de responsabilidade dos proprietários dos imóveis, a Prefeitura de Vitória trabalha com a conscientização da população sobre a importância de construir, recuperar e manter as calçadas. A administração é responsável por executar e manter em bom estado as que estão em orlas, em praças e em canteiros centrais de avenidas, além dos eixos de maior fluxo de pedestres.
Viagens
Atualmente, mais de 177 mil viagens feitas na cidade são a pé. Isso representa a maioria dos deslocamentos em Vitória, de acordo com o Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade Urbana de Vitória de 2008. Daí a importância de se manter as calçadas em boas condições.
Em alguns bairros da cidade, como Jardim da Penha, Jardim Camburi e Praia do canto, por exemplo, é possível observar que grande parte das calçadas já é feita nos moldes do projeto Calçada Cidadã.
O que é calçada cidadã
É um grande projeto de acessibilidade para os pedestres, sobretudo voltado para atender às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida (gestantes, idosos, cadeirantes, entre outros). Ele prevê a padronização das calçadas para dar segurança, conforto e autonomia na mobilidade desse público pela cidade, garantindo o direito constitucional de ir e vir de todo cidadão, conforme determina a lei municipal 6525/2005.
O conceito da calçada cidadã prevê uma faixa de percurso seguro, ou seja, plana, sem degraus, sem obstáculos e não escorregadia, e a de serviço, onde se concentra todo o mobiliário urbano (árvores, postes, orelhões, etc...). Esta é marcada com piso podotátil, diferenciado para identificar área não segura para caminhar, principalmente para os portadores de deficiência visual.