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Moradia digna e acessível aos pobres é proposta da Conferência da Cidade
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Por Danielly Campos, com edição de Matheus Thebaldi
Unidades verticalizadas planejadas para atender a população de baixa renda com regras justas de seleção. Esse foi um dos temas discutidos na 5ª Conferência da Cidade de Vitória na manhã desta terça-feira (28), no Hotel Sheraton, na Praia do Canto. O direito à moradia digna está relacionado à cidadania, segundo o presidente da Federação Nacional dos Arquitetos, Fernando Salazar.
Ele falou da prestação de serviço de assistência técnica para a construção de habitações populares seguras e que promovam mais qualidade de vida aos cidadãos.
"Isso é uma ação indenizatória do Estado pela omissão com os pobres. Cerca de 40% dos municípios não têm um arquiteto, segundo dados de um censo. Quando falamos em ocupação urbana, temos que pensar em planejamento territorial. Também precisamos envolver as universidades e faculdades no debate, uma vez que os profissionais são formados para atuar com a elite e em grandes projetos. No entanto, a arquitetura tem que ter olhar para a realidade brasileira", afirma.
O secretário municipal de Habitação, Sérgio Sá, ressaltou que é possível a realização de projetos de unidades verticalizadas com tamanho que atenda à necessidade das famílias. "É um desafio ter moradias dignas com produção em escala e regras justas de seleção para atender a população de baixa renda. Também precisamos avançar na urbanização de favelas com a promoção de infraestrutura", disse.
A Conferência da Cidade de Vitória começou nesta última segunda-feira (27). Na parte da tarde desta terça-feira (28), acontecerá, a partir das 14 horas, a palestra do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Florianópolis (SC), Dalmo Vieira Filho. Ele vai explanar sobre questões metropolitanas e paisagem. Após o debate, será realizada a eleição dos delegados municipais, que levarão as propostas dos moradores para as Conferências Estadual e Nacional.