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Prefeitura apresenta perfil do mercado trabalho formal em Vitória
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Por Suzana Tatagiba, com edição de Deyvison Longui

Num encontro que reuniu os secretários de Gestão Estratégica, Marinely Magalhães, do Trabalho e Geração de Renda, Paulo Menegueli, e funcionários da prefeitura, nesta terça-feira (03), na Escola de Governo, foram apresentados pela Gerência de Informações Municipais os dados que compõem o perfil do mercado formal de trabalho na capital.
Numa proposta de elaborar a série histórica deste mercado de trabalho, a pesquisadora Ana Claúdia Aquino dos Santos Pela traçou um perfil deste trabalhador formal enfocando variáveis relacionadas à faixa etária, grau de instrução, gênero, tipo de vínculo, remuneração e setor de atividade econômica.
Ela utilizou, para isso, dados a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) disponibilizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e também informações fornecidas pelo Núcleo de Informação e Planejamento Estratégico (NIP), da Secretaria Municipal de Trabalho e Geração de Rende (Setger).
"A finalidade deste estudo é subsidiar a formulação de políticas públicas de estímulo ao trabalho e geração de renda, como também pesquisas e estudos nas áreas de governo", informou a secretária de Gestão Estratégica, Marinely Magalhães. "Além disso, uma pesquisa como essa nos ajuda a refletir sobre o alcance das políticas públicas, das macroeconômicas até ao âmbito municipal", finaliza a secretária.
Formalização da Força de Trabalho
A pesquisa apresentada concluiu que Vitória tem uma grande expressividade no mercado formal de trabalho no contexto metropolitano e estadual. Desde a crise de 2008 para cá, houve uma recuperação dos postos de trabalho e Vitória contribuiu com a geração de mais 5.823 empregos, um crescimento de 2,65% em relação ao ano de 2008.
Outro dado constatado é que houve avanços significativos no mercado de trabalho local em termos da geração de empregos, no período recente. Dos 225.746 empregos gerados em 2009, 27,5% das colocações ficaram na capital. Do total ainda, 61% do estoque de empregos criados nos sete municípios da Região Metropolitana Vitória ficou com 44% dos novos postos gerados.
Outro fator relevante foi a recuperação da geração de vagas no período pós-crise, ancorada principalmente no desempenho da Administração Pública e no dinamismo do setor de Serviços. A capital capixaba tem o setor de serviços como seu principal aliado na geração de emprego e renda, com 57% das novas vagas, que somado à Administração Pública e ao Comércio, perfaz o total de 80% de todas as novas contratações realizadas na Grande Vitória.
Participação Feminina
A mulher tem forte participação no preenchimento da vagas formais de trabalho. A atuação no mercado de trabalho formal vem aumentando a cada ano. Por exemplo, dos 5.843 novos postos gerados de 2008/2009 a grande maioria foi preenchida pelo sexo feminino. A maior atuação é no setor de serviços, com 63% na indústria de alimentação e bebidas. Também na administração pública o crescimento foi superior ao masculino.
Baixa empregabilidade de jovens
A pesquisa ainda constatou uma redução na empregabilidade de jovens. A faixa etária maior beneficiada pelos novos cargos formais é de 30 a 39 anos, com 27%; seguido por 40 a 49 anos, 24%. Mas é a faixa de 50 a 64 anos que vem mantendo seus empregos com mais perenidade. Os jovens têm pouca participação. Para a pesquisadora, a busca por maior escolaridade tem retardado a entrada do jovem no mercado de trabalho.
Escolaridade Alta
Os trabalhadores de Vitória têm escolaridade mais elevada, ensino médio completo ou curso superior concluído. Isso faz com que haja uma seleção nas vagas ofertadas. Por fim, a pesquisa de perfil concluiu que a capital tem como atrativo remunerações salariais mais elevadas em comparação à média estadual.

A média salarial da capital é de R$ 2.197.04, enquanto a estadual fica em R$ 1.433.41. Mesmo assim, ficou destacado que a população economicamente ativa de Vitória, em torno de 53%, ganha até 3 salários mínimos e que as melhores remunerações são pagas pelo setor de extração mineral, seguido pela administração pública.
2010
Atualmente, ao se computar os 8.690 novos postos de trabalho celetistas gerados no ano de 2010, com base nos dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do MTE, o montante de empregos formais alcança na capital capixaba o patamar de 234.436 vínculos empregatícios.
"Nossa meta é gerar mais postos de trabalho e, para isso, estamos cada vez mais facilitando a intermediação de mão de obra, através do melhor acesso do trabalhador ao portal Mais Emprego do Ministério do Trabalho e, ainda, ampliando a inclusão do trabalhador ao mercado a partir de novos cursos de qualificação, afirmou o secretário municipal do Trabalho e Geração de Renda", Paulo Menegueli.
A pesquisa Perfil do Mercado de Trabalho Formal no Município de Vitória 2009 está disponível na página Vitória em Dados no portal da Prefeitura de Vitória.