Tocha olímpica contagia público na chegada a Vitória

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A chama olímpica está na capital. Eram 13h30 quando a embarcação trazendo a tocha e a lanterna com o fogo aceso dos Jogos Rio 2016 chegaram à prainha da Ilha do Boi vindo de Vila Velha, nesta terça (17). Campeão olímpico da categoria master de vôlei de praia, Flavinho Pitanga foi quem conduziu um dos maiores símbolos da competição.

"É uma emoção muito grande. Uma coisa muito diferente. Já vivi uma Olimpíada, mas carregar uma tocha e a chama olímpicas é diferente", afirmou.

De lá, ele correu até o píer localizado atrás do Shopping Vitória para que a tocha fosse acesa e entregue ao ex-jogador de futebol e ícone capixaba Geovani Silva.

O ex-jogador foi o primeiro condutor a segurá-la para dar início aos 32 quilômetros de revezamento. "Obrigado, Deus. Obrigado por esse carinho especial e por estar carregando um símbolo de paz e amor, e que a Olimpíada do Rio seja assim", destacou.

Praia Acessível

Geovani percorreu cerca de 200 metros para entregar a tocha ao próximo condutor e o revezamento chegar até o Praia Acessível, na Curva da Jurema. O projeto possibilita o banho de mar a pessoas com deficiência. Aguardavam a chama olímpica os condutores e atletas cadeirantes Marcos Vinícius Barcellos e Waldir Alvarenga Júnior, o "Tiozinho”.

"Não esperava que a sensação fosse desse tamanho. Eu me emocionei mais do que quando bati meu próprio recorde e ganhei várias medalhas. Agradeço a Deus a oportunidade, por essa chance única. Sabemos que isso vai levar um século ou mais para vir acontecer novamente no Brasil. E que continue essa paz, esse amor, essa gratidão que a população está tendo", disse o campeão brasileiro dos 50 metros borboleta e atual recordista.

Canoa havaiana

Do projeto Praia Acessível, a tocha olímpica "pegou carona" na canoa havaiana, um dos esportes aquáticos mais praticados em Vitória, para um passeio pela mar. "Na minha opinião, esse é o trecho mais bonito da condução da tocha no Brasil", ressaltou o prefeito Luciano Rezende.

Na chegada a terra novamente, o professor de Educação Física Vitor Guerra entregou a chama para a campeã de bodyboarding Neymara Carvalho. "É superemocionante esse momento. É um dos pontos altos da minha carreira. Meu esporte não é olímpico, mas quem sabe possa ser. Isso me dá mais motivação para lutar para que o bodyboarding possa fazer parte como esporte de exibição nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020", contou.

Praia de Camburi

Neymara deu início ao revezamento na avenida Saturnino de Brito em direção à Dante Micheline, na praia de Camburi. Jornalista da Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura de Vitória, Lívia Alvernaz, indicada por um dos patrocinadores oficiais, também fez esse trajeto. "Estou emocionada. Não consegui ser atleta, mas estou vivendo um grande momento em minha vida e do esporte sendo condutora da tocha olímpica", disse.

Público

Durante todo o trajeto, muitos moradores e alunos de escolas municipais gritavam frases de incentivo e parabenizavam os atletas que conduziam as tochas. "Estou acompanhado a passagem da tocha desde a chegada em Vitória. Nunca fui a uma Olimpíada, mas a emoção de ver a tocha de pertinho é muito grande, inclusive tirei uma foto com ela para registrar esse momento", afirmou a moradora Maria da Penha, que levou o marido para a Praça dos Namorados.

"Ao todo, serão 32 quilômetros pela cidade, com a criançada da rede municipal toda nas ruas. É uma coisa muito bonita porque a tocha simboliza todos os valores que o esporte tem de mais precioso na formação da humanidade, que é a ética, a disciplina, o respeito ao adversário, buscar o caminho mais sólido para o sucesso, tudo aquilo que a gente quer passar para essa nova geração. E é uma oportunidade única porque essa geração tem a oportunidade de ver a tocha dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 aqui em Vitória”, concluiu o prefeito Luciano Rezende.

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