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Vitória é a capital com maior acesso de crianças a creches no Brasil, aponta ONG Todos Pela Educação

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Por José Carlos Schaeffer (jcschaeffereira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


Leonardo Silveira
Novo CMEI Jacy Alves Fraga

Vitória alcançou um marco histórico na Educação Infantil e se consolidou como referência nacional. De acordo com o estudo Panorama do Acesso à Educação Infantil no Brasil, divulgado pela organização Todos Pela Educação, a capital capixaba apresenta a maior taxa de atendimento de crianças de 0 a 3 anos na Educação Infantil entre todas as capitais brasileiras: 72,2%, percentual bem acima da média nacional, de 41,2%.

O levantamento, elaborado a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C) e do Censo Escolar, também revela que Vitória é uma das únicas capitais do país -- ao lado de Teresina (PI) -- a garantir a universalização do atendimento na pré-escola, com 100% das crianças de 4 a 5 anos matriculadas.

Para a secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner, o resultado é fruto de um trabalho contínuo e planejado. "Esse reconhecimento é resultado de investimento, compromisso e de uma equipe dedicada a garantir oportunidades iguais para todas as crianças, desde a primeira infância. Nosso foco é ampliar o acesso com qualidade, pois essa é a base para todo o processo educacional", destacou.

O prefeito Lorenzo Pazolini ressaltou a ampliação do tempo integral como fator primordial para os avanços. "Essa política garante mais oportunidades para as crianças aprenderem e se desenvolverem e, ao mesmo tempo, oferece às famílias -- especialmente às mães solo -- a chance de trabalhar, estudar e se qualificar com tranquilidade, sabendo que seus filhos estão em um ambiente seguro e de qualidade", afirmou.

Tempo integral

Como destacou o prefeito, a expansão da educação em tempo integral tem sido um diferencial nos resultados alcançados. Quando a atual gestão assumiu, Vitória contava com apenas quatro unidades nessa modalidade. Em 2025, serão 41 escolas em tempo integral, após a regulamentação por lei da oferta desse modelo nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis).

Infraestrutura

A gestão municipal promoveu melhorias significativas em todas as regiões da cidade. Entre os marcos, estão as inaugurações da EMEF Padre Guido, em Jardim Camburi; da EMEF TI Paulo Reglus Neves Freire, em Inhanguetá; do CMEI TI Rubens José Vervloet Gomes, em Jardim Camburi; do CMEI TI Jacy Alves Fraga, em Tabuazeiro; do CMEI TI Professora Cida Barreto, em Jardim da Penha; e da EMEF TI Paulo Roberto Vieira Gomes, em São Benedito.

As reformas estruturantes realizadas na EMEF Adilson da Silva Castro, em Monte Belo; na EMEF TI José Áureo Monjardim, em Fradinhos; na EMEF Marieta Escobar, em Santa Martha; e no CMEI TI Rubens Duarte de Albuquerque, em Itararé, reforçam o compromisso com a qualidade da infraestrutura.

A cidade também se prepara para entregar novas sedes em construção: EMEF Ronaldo Soares, em Resistência; CMEI Sebastião Perovano, no Jabour; e CMEI Geisla da Cruz Militão, em Nova Palestina, ainda neste ano. Seguem em obras a EMEF Irmã Jacinta Soares de Souza Lima, no Romão, e a EMEF São Vicente de Paulo, no Moscoso.

Outro avanço importante foi a ampliação da climatização das escolas: o número de unidades climatizadas passou de 9 para 42, com adequações na rede elétrica e intervenções para garantir a segurança. Outras 45 unidades estão com obras, projetos ou licitações em andamento para climatização.

Aprendizagem

Os investimentos reposicionaram Vitória no cenário educacional nacional. Segundo o relatório Criança Alfabetizada, do Ministério da Educação (MEC), que avaliou o nível de alfabetização de crianças de até 7 anos em 2024, Vitória é a 2ª capital mais bem posicionada no ranking nacional, com índice de 73,2% -- um aumento de 7,3 pontos percentuais em relação a 2023.

Com esse resultado, o município já superou as metas definidas pelo MEC para 2024 (68,1%), 2025 (70,3%) e 2026 (72,5%). O salto é expressivo quando comparado a 2021, quando o índice era de apenas 28% e Vitória ocupava a 12ª posição entre as 26 capitais brasileiras.